Sabes, este aperto no peito e este nó na garganta pensava que com o tempo passavam. Estes pensamentos, as lágrimas que tendem a verter-se dos olhos e os suspiros de frustração ao longo do dia não se manifestaram em parar ao longo do tempo. Esta saudade que quase dói acaba por ser silenciada com o vento...
Foi por ires para longe, foi por causa da diferença de idades que me deixas-te. Os nossos planos, parece que acabaram por ir embora. E eu disse-te tudo. Disse-te tudo aquilo que sentia por ti. Disse-te exactamente o que faço. Disse-te que passo as noites em branco, a sonhar com o nosso futuro juntos. Disse-te que sonho contigo. Disse-te que acreditava que isto era para sempre.

Agora?
À noite penso e à luz do dia riu, só para manter os pensamentos de solidão, que não iremos falar tanto como falávamos e que não te vou ver durante os próximos tempos afastados.

Sei que te amo.
Mas continuo aqui com o coração a palpitar por ti, a acreditar que voltas sem nunca ter tal esperanças. A sentir saudades. Sem ouvir a tua voz. Sem te sentir. Perdendo o contacto.
É incrível a quantidade de parvoíces que fazemos com a ingenuidade.
O tempo a passar, dói. É lento e mesquinho, este tempo que tende em passar-nos no coração.
Mas tu para mim, vales mais do que imaginas.
Tu não és como a minha alma gémea, realmente é isto que tu não és. Mas sabes o que aprendi sobre as almas gémeas? Elas vêm para revelar o pior de nós, e depois, vão embora. Vão com o vento, ou com as marés.
E tu foste exactamente o contrário disso.
Sabes porquê?
Porque eu não preciso da pessoa "certa". Mas sim preciso da pessoa "errada". É tu és exactamente isso.
Aquele que argumenta comigo. Que me faz pensar duas vezes. Que me obrigue a serões realmente aborrecidos para mim. É, meu princepe. Eu não quero a minha alma gémea. Quero-te a ti. O meu oposto. Aquele que irá contracenar com a minha outra face. Quero que tu sejas o meu maior erro. E quero pensar:
"É com este erro, que quero passar a minha vida." Só isto.