Não tiro da minha cota parte de culpa. Tive a culpa de me envolver de mais, de me deixar seduzir facilmente e de acreditar de mais. Eu acreditei de mais no meu pequeno príncipe.
Por isso, aprendi a congelar o coração. Houve tempos em que tinha uma camada protectora. Armaduras, escudos e até coletes à prova de sentimentos. Foi a única forma de me livrar das dores que me pareciam inevitáveis. Aprendi a defender os meus sentimentos, e a bloqueá-los quando não eram a meu favor. O jogo não é fácil, ou se fecha o coração e não se deixa ninguém entrar, ou abrimo-lo e ficamos expostos, totalmente vulneráveis. Não conseguia, depois de tanto sorriso forçado eu não podia abri-lo a qualquer forasteiro.
Agora, espero por aquele que ensine boas maneiras ao meu pequeno músculo. Um que o mime, e que o ame. Ele já sabe as regras básicas de sobrevivência: sabe que os bons são os primeiros a magoar. Por isso, aquele que vier que não seja o bom, que seja neutro. Que acima de tudo, se saiba proteger assim mesmo. Tanto tempo a lidar com furacões, que já não sei se não me tornei um.
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